terça-feira, 9 de julho de 2019

como é difícil voltar a escrever

como é difícil voltar a escrever.

A gente sempre para, pensa, pensa, pensa, pensa, pensa, pensa, e não sai nada da cabeça.
Pega uma cerveja pra ver se relaxa. mas ta frio, então um vinho cai melhor. Coloca música pra tentar soltar a imaginação. abre um link pra dar uma descontraída.
O problema é que quando chega nesse ponto, nós já nos perdemos. Já não sei mais o que eu queria escrever. Penso que devia ter anotado, mas nem tinha papel por perto, que dirá caneta que funcione.
Ai chega o ponto que em que tu volta pro link de onde tava, que abre outro link da interweb. Ah mano, dai já foi.
Tem que voltar.
Tem que respirar.
Da sim pra tomar um gole do vinho.
Da pra aumentar o volume da música.
E tem que voltar pra página em branco.
Tem que tentar. E saber que esta tudo lá dentro. Guardado em uma gaveta velha, que não abre a pelo menos um ano. Quando era aberta somente na obrigação.
Mas hoje não. Hoje abriu por que precisava ser aberta. Porque devia ser aberta.
No meio do processo a música que antes atrapalhava, ganha espaço e as palavras já fluem mais naturalmente. É clichê, bastante, mas é verdade isso. O vinho fez exatamente o efeito que devia fazer. Já esta voltando ao normal. Agora é só continuar. E essa sim é a parte difícil viu.

domingo, 8 de janeiro de 2017

Alone

ninguém gosta de ser sozinho.
até seria legal chegar em casa e dormir já que são 5h da madrugada. Mas não consigo dormir hoje.
Acabei de chegar, tomei banho e sinto que o sono esta meio longe de chegar. Queria mesmo era poder abraçar alguém e só dormir abraçado mesmo. Sabe aquela coisa de dormir de conchinha? É isso que eu to precisando. E sinto que to perdendo alguma parte da vida por não conseguir dormir com alguém, por que ninguém quer.
Outra coisa: to me sentindo como eu era a 4 anos atras. As mesmas pessoas estão a minha volta exatamente do mesmo jeito e não sei como livrar disso de algum modo saudável. Talvez seja por que não exista esse modo mesmo. Talvez esteja na hora de eu me mudar de cidade e de emprego e de faculdade.
A sensação de estar completamente perdido e precisando de alguém é estupidamente idiota no momento em que eu devia ta mais forte pessoalmente, mas é exatamente o contrário. Cada dia me sinto mais fraco e sinto que preciso cada vez mais de alguém do meu lado. Alguém com quem eu possa contar as coisas do dia. Alguém com quem eu possa dar um beijo, um abraço ou pegar na mão e fazer um carinho. Alguém que me de um carinho.
Todas as carencias que eu sentia a algum tempo estão voltando e não sei como fazer isso passar. To bebendo demais pra esquecer isso e logo isso vai começar a me afetar em outros meios. E eu simplesmente não sei o que fazer.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

2016

Velho, o que foi esse 2016? (lembrando que ainda falta 5 dias pra terminar o ano enquanto escrevo). Muita gente reclamou de muita coisa que aconteceu. E honestamente, até o acidente eu não tava reclamando tanto e não pretendo reclamar tanto aqui, até por que se eu colocar na balança, aconteceu muita coisa boa esse ano.
Mas vamos pelo começo
Começar um curso novo, depois de estar quase formado não algo fácil. Jornalismo é minha paixão, mas me achei no audiovisual. Poder unir os dois é como vou ajudar o mundo a ser um lugar um pouco melhor (aquele sonho antigo de todo jornalista).
Até o meio do ano alguma coisa foi mudando. E no meio do ano eu me mudei. Sai da casa onde eu dividia com a minha ex namorada e hoje voltei a morar com os pais. Achei que seria mais difícil, mas honestamente, foi mais fácil do que todo mundo achava. Talvez e muito provavelmente por eu quase não ficar em casa em função do trabalho e da faculdade.
Acho que desde setembro, quando voltei a sair novamente, conheci mais pessoas do que eu tinha conhecido em pelo menos 5 anos. Algumas amizades estão muito fortes. Outras estão no caminho para ser. E muita gente sei que posso contar quando precisar, mesmo tendo pouco contato, ou só vendo quando rola alguma cerveja.
Assinem spotfy, mudou a vida depois que pude controlar melhor algumas coisas que escuto.
Fim de novembro foi onde tudo começou a piorar. O acidente com o avião da Chape deixou um buraco meio estranho. Perdi alguns amigos e colegas de trabalhos. E muitos conhecidos. Não vou falar disso, já to exausto.
15 dias depois, as coisas tinham mudado já. As aulas acabaram, mas a vida foi começando a melhorar novamente.
Agora, a poucos dias do fim de ano, já da pra sentir que vai ser melhor. Talvez e muito provavelmente porque vou estar de férias em janeiro.
Mas como minha mãe diz: "o lugar é você quem faz". Acho que a regra vale pra tudo o que você ta fazendo.
E algo que eu sempre digo: o jogo sempre vira.
2016, tu foi foda.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Vamos falar sobre casualidade

Ah! a casualidade. Quem nunca saiu com alguém só pra dar uns pegas? Acho que todo mundo já fez isso pelo menos algumas vezes na vida. Mas quantas vezes tu se sente um merda por fazer isso? Mas um merda daquelas bem bosta mesmo.
E ai na outra semana tu vai lá e faz de novo. E de novo, se sente tão merda quanto.
A gente fala que não vai mais fazer isso, e ai quando vê já sai marcando "sexo casual" com algum "contatinho" que tu fez em algum rolê nos últimos dias.
Alias, nem precisa mais de rolê, só baixar o tinder e tu consegue uma foda no mesmo dia se der sorte/quiser.
Mas o quão bosta isso é?
Sabe quando tu transa sem tesão, e ai depois do sexo tu não sabe se só sai de onde esta e vai pra qualquer lugar, ou se fica e tenta alguma interação. Pois é. É uma bosta mesmo!
Ok, sempre tem as exceções. Tu pode conhecer o amor da tua vida em um sexo casual.
Não que eu ache errado transar com alguém que tu não tem intimidade. Isso pode ser bom pra caralho, por sinal. Já fiz e foi bom e foi ruim.
Mas o que quero dizer é: o quão bosta tu se sente depois de usar uma pessoa só porque você tava com tesão e precisava dar uma fodida?

domingo, 13 de novembro de 2016

Como é engraçado quando a gente cria uma baita expectativa com alguém. Não quero namorar, ou pelo menos to falando que não quero. Mas se eu tivesse ficado com a guria, tenho certeza que ia ser bem pior. Ela ta namorando, então fico pensando que talvez ela iria querer namorar. Claro, isso ia depender de várias outras coisas. Mas é engraçado quando a gente leva alguns foras da vida. Engraçado é que todas as pessoas que eu queria só pegar, no sentido pejorativo mesmo, aquele que eu não gosto de pensar e fazer, não fiquei. Algumas pessoas foram embora, outras não rolou.
É bem engraçado isso. A gente procura explicação em tudo, então acho que não era pra ficar mesmo.
Preciso parar de insistir que isso vai acontecer e tocar o barco.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Vamos falar sobre adoção

Sempre quis ter um irmão. Minha mãe não pode ter outros filhos porque toma um tipo de remédio que, um dos efeitos colaterais. Até ai não podemos fazer muita coisa, não da pra lutar por uma vida e arriscar perder duas. Mas eu nunca vou esquecer o dia que alguém falou em adoção.
Lembro bem que minha mãe disse que não aceitava "criar filho dos outros". Na época, nos meus 8 ou 9 anos, eu devia até concordar, meio sem entender o que estava acontecendo direito.
Lembro também da enorme vontade que eu tinha de ter um irmão. No dia em que minha mãe foi fazer o ultra-som, foi junto com ela. Ela me pediu muito pra torcer que o resultado desse negativo. Não lembro direito o que falei, mas eu sabia que queria um irmão. Lembro que se desse certo, eu ia ganhar uma revista que era moda entre as crianças da época.
O resultado saiu na hora. Acho que minha mãe começou a chorar logo depois que a gente saiu. Ganhei a revista na insistência mesmo.
Mas o assunto do texto só surgiu porque comecei a sair com uma garota. Uma garota que tem uma filha (extremo da fofura, juro). O problema começou quando falei que a guria em questão tinha uma filha.
Sim, é bem estranho. Muito mesmo. Ela sabe que é estranho e ela sabe que não é normal, hoje, ter filhos com a idade que ela teve a sua filha.
A gente ainda ta se conhecendo, ainda é bem cedo pra dizer que vamos ficar o resto da vida juntos. Mas a gente ta gostando de ficar juntos. Quando digo a gente, quero dizer: eu, ela e a filha dela.
E mesmo eu falando pros meus pais que não sabemos nada disso, eles acham que a gente vai casar logo, e que (veja bem) ela vai me usar pra criar a criança dela.
Ela é mãe solo (!) (aprendi que não é mãe solteira!). O difícil é fazer meus pais entender uma situação dessas. Não é fácil mesmo, pra mim também foi bem estranho algumas vezes.
Mas sabe aquela coisa que eu falei ali em cima, de "não criar os filhos dos outros"? Então. Acho que isso fez toda a diferença do mundo pra minha vida.
Vamos supor que meus pais tivessem adotado uma criança logo após o aborto da minha mãe. Eu teria tido um irmão
E ai podia ter feito a diferença da minha vida. Não sei como. Não tenho como saber o que.
Eu não sei a diferença que isso teria causado na vida de uma única pessoa. A importância que ter uma família pra uma criança, teria sim feito toda a diferença na vida dela.
E isso é o que me deixa triste. Talvez até um pouco decepcionado. Um pouco comigo, mas também com meus pais.
Essa intolerância que eles tem aos filhos dos outros, sem saber como a criança ou a família estão, como elas vivem, ou se só conseguem sobreviver mesmo.

Eu não sei se vou conseguir ter filhos. Nunca fui, nem nunca pensei em fazer exames de fertilidade. Mas o que da pra dizer com muita certeza, é que se eu não puder ter filhos biológicos, vou adotar um. Ou mais,
Se eu puder ter filhos biológicos, com toda a certeza vou adotar também. Nenhuma criança merece ser órfã.
Nenhum filho precisa ser filho único.